Essa semana o mundo foi surpreendido com a notícia de que Plutão deixa de fazer parte do sistema solar. Ou seja, o planeta descoberto há 70 anos, que ficou bem conhecido pelos estudantes por ser o mais distante do Sol fora rebaixado. Mais do que mudanças nas aulas de ciência, a novidade também causou questionamentos na astrologia. O que será a partir de agora dos escorpianos, signo regido pelo planeta? Não, eles não ficaram “órfãos’. Embora seja uma questão complexa, astrólogos explicam que não há grandes mudanças.
“Para nós da astrologia não interfere em nada, Plutão vai continuar regendo os escorpianos”, informou o professor de astrologia e delegado regional do Sindicato dos Astrólogos de São Paulo, Ivan Freitas. No zodíaco, o símbolo de Plutão expressa a totalidade dos processos energéticos de involução e evolução. O círculo do espírito emite sua energia de vida, que então é absorvida pela natureza receptiva da alma. Ou seja, ele está relacionado ao poder, ao controle.
Embora não considere a questão tão simples assim, a astróloga Marihita Cocentino explica que a astrologia não trabalha com o fenômeno real em si, mas com a sua sincronicidade. “O céu é uma representação simbólica da estrutura humana em diversos níveis, físico, emocional, psicológico e afetivo. Já os planetas se configuram enquanto arquétipos humanos e o movimento planetário é uma analogia da dinâmica do movimento humano e vice-versa”, informa. O que está ocorrendo agora, segundo ela, é mais um processo evolutivo. Assim como o homem passou parte da vida acreditando que a terra não era o centro do mundo, mas sim que os planetas é que giravam ao redor do Sol, agora volta a se deparar com uma nova realidade.
“À medida que o homem avança rumo ao centro da galáxia e acrescenta novos planetas no sistema solar mostra a evolução do primitivo”, considera. Portanto, é de forma natural que a astróloga diz que há uma propensão lógica de ser instituído no futuro um dos novos planetas para reger os escorpianos. “Assim como um dia eles foram regidos por Marte e depois passou para Plutão, a situação pode mudar. Isso mostra que temos caminhado em direção a uma esfera mais avançada, mais lúdica, sem que seja preciso mudar a estrutura da interpretação astrológica”, pontua.